Existe um tipo de liderança que entrega resultados mas deixa um rastro de esgotamento, medo e evasão. Estamos falando da liderança tóxica, aquela que finge compromisso, mas gera corrosão. E o pior: muitas vezes ela é promovida, não contida.
Pesquisas recentes mostram que comportamentos tóxicos da liderança, como manipulação emocional, microgerenciamento, isolamento e comunicação agressiva, não apenas adoecem equipes, mas minam os pilares da cultura. Onde há medo, não há confiança. E sem confiança, a cultura quebra.
Mas e se o líder for “eficiente”?
É aqui que mora o perigo. Líderes tóxicos muitas vezes são vistos como “eficazes” no curto prazo. Mas o impacto acumulado no clima, na rotatividade e na saúde mental do time custa mais do que qualquer meta batida.Eficiência sem ética é disfunção.
Como agir de forma responsável?
Cultura forte exige coragem para questionar até quem entrega resultado. Eis um checklist prático:
- O líder é respeitado ou temido?
- Há espaço para feedbacks sobre a liderança?
- O turnover do time é maior que o da empresa?
- A performance vem com engajamento ou com medo?
Cuidar da cultura é, acima de tudo, cuidar de quem cuida das pessoas. Um líder tóxico não é exceção, é ameaça. E nenhuma cultura resiste a isso por muito tempo.
Marcela Zaidem – Cultura na prática